Categoria definirá na próxima 6ª feira (14/6) se entrará em greve; negociações salariais se arrastam há mais de seis meses com o governo federal.
Os servidores ambientais federais caminham para declarar greve geral a partir do próximo dia 24. Esse indicativo foi aprovado em assembleia realizada nesta 2ª feira (10/6) por representantes da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA Nacional). A decisão deverá ser confirmada na próxima 6ª feira (14), quando serão realizadas assembleias nos estados e no Distrito Federal.
A possibilidade de greve aumentou no final da semana passada, depois do Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI) ter encerrado a negociação salarial que conduzia com os servidores ambientais desde o fim de 2023. A pasta afirmou que “o governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” à categoria.
Desde janeiro, os servidores ambientais seguem em paralisação parcial para pressionar o governo nas negociações salariais. Como resultado, atividades importantes como a fiscalização ambiental e os processos de licenciamento estão travados. Um reflexo disso é sentido no número de autuações ambientais registradas desde o começo do ano, com uma redução substancial em relação ao ano passado.
Em abril, o governo apresentou sua última proposta salarial aos servidores ambientais, que prevê reajustes de 20% a 30%, com o aumento médio (considerando todos os benefícios) chegando a até 35%. Segundo a ASCEMA Nacional, o reajuste prometido pelo governo é menor do que o sinalizado, de 19% a 26%, e ainda inclui uma redução de 6% nos rendimentos de novos servidores.
Mesmo com o encerramento da negociação, o MGI indicou que está aberto a contrapropostas dos servidores ambientais, desde que elas estejam dentro dos limites do orçamento federal. No entanto, a conduta da pasta desagradou a categoria. “Sem espaço negocial, não há meios de resolução do impasse. Os prejuízos estão contratados, a conta chegará”, destacou a ASCEMA Nacional em nota.
Correio Braziliense, Folha, Metrópoles, ((o)) eco e O Globo, entre outros, repercutiram a notícia.
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ClimaInfo, 12 de junho de 2024.
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