Planeta bate recorde de calor por dois dias seguidos

24 de julho de 2024
Planeta recorde calor
Pexels

A marca alcançada no último domingo (21/7) foi superada no dia seguinte, quando a temperatura média global chegou a 17,15oC, segundo o observatório europeu Copernicus. 

A Terra acaba de experimentar seu dia mais quente da história recente. Não, esta não é uma notícia repetida; o que se repetiu foi o calor extremo. O recorde histórico de calor, registrado no último domingo (21/7), foi superado no dia seguinte, na 2ª feira (22), de acordo com o serviço climático do observatório Copernicus, da União Europeia.

No domingo, a temperatura média global diária ficou em 17,09oC, ligeiramente acima do recorde histórico até então, 17,08oC registrado em 6 de julho de 2023. No dia seguinte, ela atingiu inéditos 17,15oC. A sucessão de marcas históricas deixa evidente que, mesmo depois do fim do El Niño, que puxou as temperaturas globais para cima no último ano, o calor segue intenso ao redor do planeta, provocado pelas mudanças climáticas.

“Embora flutuações sejam esperadas, à medida que o clima continua a aquecer, provavelmente continuaremos vendo recordes sendo quebrados, e cada novo recorde nos leva ainda mais para um território desconhecido”, disse Rebecca Emerton, cientista climática do observatório Copernicus, à BBC.

Para os climatologistas, é plausível considerar que esses recordes seguidos de calor representem o pico dos registros de temperatura dos últimos 120 mil anos, indicou a Associated Press. Embora os cientistas não tenham certeza de que a última 2ª feira tenha sido o dia mais quente desse período, as temperaturas médias não eram tão altas desde muito antes da humanidade desenvolver a agricultura.

“Estamos em uma época em que os registros climáticos e meteorológicos são frequentemente esticados além dos nossos níveis de tolerância, resultando em perdas intransponíveis de vidas e meios de subsistência”, afirmou Roxy Matthew Koll, climatologista do Instituto Indiano de Meteorologia Tropical.

À Reuters, a cientista Joyce Kimutai, do Imperial College London e do departamento meteorológico do governo do Quênia, a persistência do calor depois do final do El Niño é motivo de preocupação. “É realmente alarmante que isso esteja sendo visto em um ano sem El Niño”, disse.

AFP, CBS News, Guardian, NY Times e Sky News também repercutiram os recordes seguidos de calor. A notícia também foi destacada na imprensa brasileira pela Agência Brasil, Correio Braziliense, Folha e O Globo, entre outros.

 

 

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ClimaInfo, 25 de julho de 2024.

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