China intensifica esforços de resgate a vítimas de enchentes do tufão Gaemi

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Governo chinês liberou US$ 69 milhões para a recuperação de cinco províncias após passagem do tufão, que causou destruição também nas Filipinas e em Taiwan.

O governo central da China instou autoridades regionais a intensificarem os esforços de prevenção de enchentes e alívio de desastres, após chuvas intensas em decorrência da passagem do tufão Gaemi matarem pelo menos 15 pessoas e deslocarem milhares em todo o país no fim de semana. O tufão também provocou mortes e destruição nas Filipinas e em Taiwan.

A China enfrenta uma situação “severa e complicada” de controle de enchentes, com grandes cursos d’água, como o rio Amarelo, em  risco de transbordamento em meio a uma temporada de tufões ativa, informa a Bloomberg. A agência de meteorologia chinesa manteve um alerta laranja para chuvas intensas, o segundo nível mais alto em seu sistema de alerta.

Chuvas intensas na província de Hunan, no centro do país, causaram três rupturas de diques em menos de 20 horas e forçaram a evacuação de milhares de pessoas, enquanto a água atingiu níveis recordes. A mais recente ruptura ocorreu no início da tarde de 2ª feira (29/7) no rio Juan. Na noite de domingo, as águas das enchentes romperam outros dois diques no mesmo curso d’água, forçando mais de 4.000 pessoas a deixarem suas casas, relata o SCMP.

As fortes chuvas na região também provocaram estragos na Coreia do Norte. Cerca de 5.000 pessoas foram resgatadas de áreas atingidas por inundações ao longo da fronteira do país com a China durante o fim de semana, de acordo com a CNN e o SCMP. Os níveis de água no rio Amnok, que forma parte da fronteira, excederam em muito a linha de perigo devido às chuvas recordes.

Reuters e AP também repercutiram os efeitos do tufão Gaemi na Ásia.

Em tempo: Na Etiópia, o distrito de Gofa foi devastado por deslizamentos de terra no fim de semana, após chuvas torrenciais atingirem a região por dias. Autoridades do país dizem que pelo menos 257 pessoas morreram no desastre, enquanto a agência humanitária da ONU (OCHA, sigla em Inglês) calcula em torno de 500 mortos, informam BBC e Al Jazeera. Há o temor de ocorrerem mais deslizamentos de terra e cerca de 15.500 pessoas na área correm risco de serem afetadas, incluindo pelo menos 1.320 crianças menores de cinco anos e 5.293 mulheres grávidas e lactantes.

 

ClimaInfo, 30 de julho de 2024.

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