
Centenas de bombeiros lutam para apagar as chamas de um grande incêndio florestal em Atenas; calor intenso e ventos fortes dificultam o combate ao fogo. Parece notícia repetida, mas este é o mundo sob o clima extremo. Mais uma vez, a Grécia sofre com incêndios florestais intensos que causaram a retirada de moradores e turistas ao norte da capital, Atenas. O combate às chamas mobilizou 685 bombeiros, apoiados por 27 equipes de comando florestal, 190 veículos e voluntários, além de 88 soldados do exército grego.
O clima não está ajudando no combate ao fogo. Além das temperaturas elevadas, que já se tornaram características nos últimos verões gregos, fortes ventos facilitam a disseminação do fogo e dificultam o trabalho dos bombeiros e voluntários. Como a Associated Press destacou, as chamas chegaram a mais de 25 metros de altura. Por ora, não há registro de feridos nem mortos.
Mas o cenário de devastação assusta quem fugiu do fogo. “Tudo está queimando. Eu tinha 200 oliveiras, mas agora elas se foram”, lamentou Giorgos Tsevas, morador da vila de Polydendri, à AFP. Além dos habitantes ao norte de Atenas, a população da cidade histórica de Marathon também recebeu ordens de evacuação por conta do fogo.
Os últimos meses foram bem mais quentes do que o normal na Grécia. Segundo a Associated Press, os meses de junho e julho deste ano foram os mais quentes já registrados no país. Os incêndios, comuns durante o verão, começaram ainda durante a primavera, depois do inverno mais quente já experimentado pelos gregos.
Mas o calor não se limita à Grécia. Como a Bloomberg pontuou, grande parte da Europa começou a semana sob altas temperaturas. Na Espanha, os termômetros podem chegar aos 40oC na porção mediterrânea. Já na França, a empresa responsável pela gestão das usinas nucleares do país reduziu a operação das plantas por conta de restrições quanto ao uso de água para resfriar os reatores.
Os incêndios na Grécia tiveram grande repercussão na imprensa, com matérias na BBC, CNN, Deutsche Welle, Euronews, Independent, Le Monde, Reuters, Sky News e Washington Post.
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ClimaInfo, 13 de agosto de 2024.
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