PF flagra áreas de garimpo e desmatamento em Terras Indígenas em Rondônia e Mato Grosso

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Divulgação/Forças Armadas

Operação da PF identificou pontos de garimpo e extração madeireira nas Terras Zoró e Sete de Setembro; militares destruíram 28 pistas clandestinas na Terra Yanomami.

A Polícia Federal deflagrou na última 5ª feira (8/8) uma operação de fiscalização ambiental nas Terras Indígenas Zoró (RO) e Sete de Setembro (MT). Com apoio de agentes do IBAMA, os policiais federais encontraram áreas exploradas ilegalmente por criminosos nas duas reservas, com destaque para o garimpo e a extração de madeira.

Na Terra Zoró, os fiscais verificaram a expansão da área de garimpo em relação ao que se observou há menos de dois meses, durante uma operação anterior. Um acampamento utilizado pelos garimpeiros foi destruído pelos agentes, bem como duas motocicletas.

Já na Terra Sete de Setembro, a equipe da PF identificou que os madeireiros reconstruíram uma ponte que tinha sido destruída em uma ação anterior. A ponte era utilizada para facilitar a retirada da madeira de dentro do território indígena. A estrutura foi derrubada por motosserristas do IBAMA, junto com um acampamento. O g1 deu mais detalhes sobre a operação.

Ao mesmo tempo, a força-tarefa do IBAMA, PF e Forças Armadas para acabar com o garimpo ilegal na Terra Yanomami segue em ação. De acordo com o Ministério da Defesa, a Operação Catrimani II prendeu mais de 50 pessoas em julho e resultou na destruição de 35 embarcações, 187 acampamentos, 16 aeronaves, 499 motores, 28 pistas e mais de 70 mil litros de combustível.

No último dia 20, a missão Xaraka II (flecha, no dialeto Yanomami) destruiu dois garimpos ilegais na região de Waikás, próximo ao rio Uraricoera. Mais de 1 tonelada de cassiterita foi apreendida, bem como diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros. A ação contou com a colaboração da Casa de Governo em Roraima, responsável pela articulação da resposta federal à crise humanitária e securitária que assola a Terra Yanomami.

Além da fiscalização, os militares também realizaram ações humanitárias e de assistência hospitalar nas comunidades indígenas do território Yanomami. Os Navios de Assistência Hospitalar “Doutor Montenegro” (U-16) e “Soares de Meirelles” (U-21) fizeram mais de 1,1 mil atendimentos médicos e distribuíram 60 mil tipos de medicamentos.

A notícia foi destacada por Folha de Boa Vista e g1.

 

 

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ClimaInfo, 13 de agosto de 2024.

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