Calor excessivo castiga o país e tende a aumentar nesta semana com as marcas extremas se estendendo desde a Amazônia até os estados do sul.
A semana começa com a onda de calor que já atingia parte do território brasileiro nos últimos dias em plena ascensão. Os modelos da Meteored prevêem termômetros chegando aos 43°C nesta 4ª e 5ª feiras (11 e 12/9) entre o norte do Mato Grosso do Sul e o sul do Mato Grosso – justamente na região onde está o Pantanal, já castigado por calor, seca e incêndios.
Com o calor extremo, o Brasil será a região mais quente do Hemisfério Sul nestes dias. Nosso país ficará à frente dos desertos no noroeste da Austrália, que deverão ter temperaturas 5°C mais baixas que aqui. No ranking global, o Brasil será o 3º lugar mais quente do planeta, atrás de dois locais onde o calor extremo é mundialmente famoso: os desertos da Arábia e ao sul da Califórnia.
Além de calor intenso, a massa de ar extremamente seco e quente que cobre a maior parte do país também provoca baixíssima umidade, lembra o MetSul. Valores de umidade relativa do ar entre 10 e 20% têm sido generalizados no Centro-Oeste e no Sudeste, com muitas cidades caindo abaixo de 10% durante a tarde, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20% são considerados uma situação de emergência, destaca O Globo. Ou seja, mais um risco para a saúde.
A estiagem muito prolongada, com grande número de municípios sem chuva há quatro meses ou mais, e o solo a cada vez mais seco acabam por criar um ciclo que piora a cada dia e se retroalimenta. Um solo mais seco favorece maior aquecimento, o que reduz ainda mais a umidade tanto do solo quanto também do ar. Tal cenário também impulsiona o fogo.
CNN, Poder 360 e SBT também noticiaram o calor extremo no país nesta semana.
__________
ClimaInfo, 10 de setembro de 2024.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.