Seca extrema faz rios amazônicos atingirem recordes históricos de baixa

Amazônia rios secos
Serviço Geológico do Brasil (SGB)

O rio Negro chegou a 16,75 metros, 3,7 metros abaixo da faixa de normalidade para o período; já o rio Madeira chegou a 41 centímetros.

O quadro segue bastante preocupante na Amazônia. A intensificação da maior seca já registrada no bioma se reflete na redução significativa do nível dos principais rios da região. De acordo com o Boletim de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado na última 6a feira (13/9), diversos rios estão atingindo os menores níveis já registrados ou se aproximam rapidamente desses recordes negativos.

Um dos mais afetados pela seca é o rio Negro, que vem sofrendo com a queda acentuada de seu nível nas últimas semanas. Em Manaus, o rio chegou a 16,75 metros no dia 13, uma marca cerca de 3,76 m abaixo da faixa de normalidade para o período. A média de queda do nível do rio nos sete dias anteriores foi de 24 cm por dia.

Em Manaus, a prefeitura decretou situação de emergência por 180 dias em virtude da seca do rio Negro. O g1 mostrou como comunidades ribeirinhas e a população manauara estão se preparando para enfrentar a seca. Quem pode está estocando itens essenciais para evitar a necessidade de fazer jornadas mais longas a pé.

O quadro é similar em outros afluentes do rio Amazonas. O rio Solimões marcou -1,79 metros no dia 13 em Tabatinga (AM), tendo baixado cerca de 9 cm diários nos sete dias anteriores. O Jornal Nacional (TV Globo) destacou a situação dos ribeirinhos em Benjamin Constant, perto da fronteira com o Peru. Muitas comunidades ficaram isoladas por causa da queda do nível do Solimões, o que impede a passagem de barcos.

Já o rio Acre registrou nível de 1,28 metros na última 5ª feira (12), a segunda menor cota da história. No Madeira, o marcador chegou a 48 cm no sábado (14), a menor marca desde o começo dos registros, em 1967. Metrópoles e UOL repercutiram esses números.

 

ClimaInfo, 17 setembro de 2024.

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