Operação da PF mira grupo criminoso responsável por queimadas em terras da União na Amazônia

Operação da PF mira grupo criminoso responsável por queimadas em terras da União na Amazônia
Polícia Federal

PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Manaus (AM) e Novo Progresso (PA); um dos alvos já foi preso por comércio ilegal de diamantes.

Nesta 3ª feira (5/11), agentes da Polícia Federal realizaram uma operação que mira um grupo criminoso que promoveu e financiou o desmatamento de aproximadamente 5 mil hectares por meio de queimadas em terras da União nos estados do Amazonas e Pará.

Batizada de “Terra Justa”, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços em Manaus (AM) e Novo Progresso (PA), além de sete mandados judiciais de sequestro de bens e bloqueios patrimoniais que somam mais de R$ 78 milhões.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso teria movimentado grande soma financeira por meio de pessoas jurídicas, com comércio ilegal de minérios. O objetivo seria a transformação das áreas incendiadas em pasto para criação de gado.

Um dos alvos da operação tem ficha corrida extensa: presa em outra investigação em 2021 por comércio ilegal de diamantes. A pessoa de nome não divulgado também esteve envolvida em outros esquemas suspeitos investigados no passado.

A polícia cruzou informações da polícia judiciária e dados de focos de queimadas e identificou três polígonos com incêndios de grandes extensões. Dentre eles, um imóvel localizado no município de Apuí (AM), objeto de diversas fraudes documentais.

Segundo a PF, são apurados crimes de incêndio florestal, lavagem de dinheiro, invasão de terras da União e falsidade ideológica, com penas previstas de até 26 anos de prisão.

Amazonas Atual, Bandnews e Pará Terra Boa, entre outros, repercutiram a operação.

Em tempo: Desde o último domingo (3), os céus de Manaus estão encobertos por fumaça de incêndios florestais. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Amazonas, a fumaça se origina de queimadas no Baixo Amazonas e na Calha do Tapajós, no oeste do Pará. O Amazonas está em estado de emergência por conta das queimadas; só em outubro, foram identificados mais de 2,5 mil focos de fogo, o segundo pior da série histórica do INPE, iniciada em 1998. O g1 deu mais detalhes.

 

 

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ClimaInfo, 6 de novembro de 2024.

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