COP30: governo prepara plataforma oficial de hospedagem em Belém

O governo federal reforçou que a rede hoteleira será expandida e atenderá aos participantes da COP30 em Belém, apesar de preços abusivos em reservas.
3 de fevereiro de 2025
(Gabriel Della Giustina / Secom PR)

Em meio a críticas aos preços abusivos cobrados por hospedagem para a COP30 em Belém (PA), o governo federal confirmou na última 6ª feira (31/1) que uma plataforma oficial deverá ser contratada nas próximas semanas para fazer o gerenciamento das acomodações para os participantes do evento. Além da plataforma, o governo também reforçou que a expansão da rede hoteleira da capital paraense garantirá leito a todos os visitantes, o que deve reduzir as tarifas de hospedagem.

“[Estamos contratando] uma plataforma oficial da COP, do governo federal e da ONU. Isso vai dar credibilidade para quem disponibilizar no site seu imóvel ou quarto de hotel para locação”, afirmou Valter Correia, secretário extraordinário do governo federal para a COP30. Segundo o governo, ”ela estará disponível em menos de dois meses para que os credenciados para a Conferência façam suas reservas”.

Para expandir a capacidade hoteleira, o poder público está atirando para todos os lados. Além da reforma e da construção de novos hotéis, instalações públicas também estão sendo adaptadas para servir como hospedagem aos participantes da COP, como escolas, prédios governamentais subutilizados e alojamentos militares. A ideia dos governos federal e paraense é garantir uma reserva de vagas para além da demanda projetada de cerca de 50 mil participantes para o evento.

Sobre os preços abusivos que seguem sendo cobrados por hotéis e proprietários em Belém, a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, afirmou que a demanda cresceu mais rápido do que a oferta, o que causou um desequilíbrio nas tarifas cobradas. “O que a gente vê não é uma exclusividade de Belém. [Em] Todos os locais onde tem um grande evento, isso acontece”, disse.

Folha e Pará Terra Boa destacaram a resposta do poder público para a escalada dos preços de hospedagem na COP30. Já a Associated Press abordou como essa carestia está impactando no planejamento de várias organizações que pretendem participar da COP em Belém.

Em tempo: Com a definição de André Corrêa do Lago como presidente da COP30, grupos indígenas reforçaram a cobrança por uma copresidência dos Povos Nativos para o evento. A ideia é assegurar que essas comunidades, cruciais para a proteção da Amazônia, tenham voz e poder de decisão nas negociações climáticas em Belém. Por ora, o governo federal ainda não respondeu à demanda, mas o movimento indígena pretende intensificar a pressão. A notícia é da Folha.

 

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