IBAMA aplica mais de R$ 15 milhões em multas em operação contra madeira ilegal na Amazônia

Fiscais apreenderam o equivalente a mais de 5.000 caminhões de madeira nas últimas semanas em operação em uma das regiões mais exploradas da Floresta Amazônica.
19 de fevereiro de 2025
(Reprodução/Polícia Federal)

Agentes do IBAMA apreenderam o equivalente a mais de 5.000 caminhões de madeira nas últimas semanas. Além da apreensão de material, o órgão ambiental fechou quase uma dúzia de serrarias e aplicou multas totalizando R$ 15,5 milhões.

A apreensão é parte da Operação Maravalha, nome dado em homenagem a um tipo de serragem, nos estados do Amazonas, Pará e Rondônia. Os agentes buscam coibir a extração ilegal de madeira em Áreas Protegidas (APs) e Terras Indígenas (TIs) da Amazônia com algumas das maiores taxas de desmatamento do país, relatam ReutersFolhaPará Terra Boa e Tribuna do Agreste.

Os investigadores também estão auditando projetos madeireiros em terras privadas suspeitas de fraudar documentação para esconder origem ilegal de madeira nativa, explicou Jair Schmitt, chefe de proteção ambiental do IBAMA. Depois que a madeira valiosa é extraída, disse Schmitt, o resto da floresta costuma ser derrubado para dar lugar a pasto para gado, e os lucros obtidos com a venda de madeira são frequentemente usados para financiar esse caro processo.

Agentes que atuaram na operação em Porto Velho encontraram madeira de diversas espécies amazônicas consideradas valiosas nos mercados globais, como o Ipê, que está ameaçado de extinção. Embora cerca de 90% da madeira extraída ilegalmente na Floresta Amazônica brasileira seja vendida localmente, parte ainda chega a lojas nos Estados Unidos e na Europa, afirmou o especialista do IBAMA.

  • Em tempo: Em outra atividade criminosa na Amazônia, o governo federal reconheceu situação de emergência nos municípios de Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Ferreira Gomes e Cutias do Araguari, no Amapá, em decorrência do colapso de uma barragem do garimpo ilegal, informam g1 e Revista Fórum. O rompimento da barragem ocorreu na 3ª feira retrasada (11/2). Os rejeitos vazados afetaram os rios Cupixi, Amapari e Araguari, mudando a coloração da água. A barragem está localizada a 180 km de Macapá, e a situação preocupa a atividade pesqueira da região.

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