
Até a manhã de ontem (26/3), pelo menos 24 pessoas morreram em decorrência de incêndios florestais que vêm devastando o sudeste da Coreia do Sul. Segundo as autoridades coreanas, a maioria das vítimas tinham entre 60 e 70 anos. Outras 26 pessoas ficaram feridas, 12 delas em estado crítico. E mais de 27.000 foram forçados a fugir de suas casas por causa das chamas.
Os incêndios começaram no condado de Sancheong na 6ª feira (21/3) e avançaram para Uiseong. Impulsionadas por ventos fortes e secos, as chamas ainda se espalharam para os condados vizinhos de Gyeongbuk, Uiseong, Andong, Cheongsong, Yeongyang e Sancheong, detalha a BBC. Na 3ª feira (25/3), a agência nacional de incêndio elevou a crise ao nível mais alto de resposta a incêndios.
Na 4ª feira, enquanto as equipes de bombeiros lutavam contra as chamas, um helicóptero caiu durante as operações perto de Uiseong, informam Reuters e Newsweek. O helicóptero S-76, construído em 1995, era capaz de transportar 1.200 litros de água.
O fogo destruiu um templo de 1.300 anos em Uiseong, mostram CNN e Reuters. Muitas relíquias culturais foram removidas e transportadas para locais mais seguros. Além disso, cerca de 17.000 hectares de floresta foram queimados.
Incêndios florestais são incomuns no país asiático, e as chamas atuais já são as mais mortais de sua história. Com as mudanças climáticas ampliando a intensidade e a frequência de eventos extremos, a Coreia do Sul deve se preparar para que a atual situação se torne um “novo anormal”.
A crise “sem precedentes” está “reescrevendo os livros de recordes dos piores incêndios florestais da história do nosso país”, destacou o presidente em exercício da Coreia do Sul, Han Duck-soo. Além da tragédia climática, o país vive uma crise política: Han foi afastado do cargo em 27 de dezembro de 2024, após permanecer apenas 13 dias como presidente interino do país em substituição ao presidente eleito Yoon Suk Yeol, destituído do cargo em 14 de dezembro do mesmo ano. Mas o impeachment de Han foi anulado nesta semana.
InfoMoney, Weather Channel, Independent, Poder 360, UOL, R7, Al Jazeera e AP também repercutiram os incêndios mortais na Coreia do Sul.
Em tempo: Nos Estados Unidos, partes das Carolinas do Norte e do Sul que ainda não se recuperaram dos estragos devastadores causados pelo furacão Helene em setembro do ano passado agora estão sob cerco de incêndios florestais, informa o USA Today. Condições secas, vento e árvores derrubadas pelo furacão alimentam as chamas, destaca a AP. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de bandeira vermelha para partes do interior da Carolina do Sul, oeste da Carolina do Norte e nordeste da Geórgia, pois as condições ainda eram favoráveis à rápida propagação de incêndios florestais, com ar seco persistente e ventos de moderados a fortes. Os incêndios nos EUA foram noticiados também por Weather Channel, Fox Weather e EHN.