
Ondas de calor excepcionalmente precoces atingiram a Índia, com autoridades do país disparando alertas de altas temperaturas em vários estados. Delhi registrou 41°C, enquanto a temperatura em Barmer, no estado do Rajastão , atingiu 46,4°C, a mais alta do país. No domingo (6/4), Barmer havia registrado 45°C, a mais alta temperatura na primeira semana de abril e quase 7°C acima da média histórica.
Na 3ª feira (8/4), 27 estações meteorológicas nas regiões ocidentais do país registraram temperaturas acima de 43°C, informa o Independent. E pelo menos 19 locais registraram ondas de calor severas no norte e no oeste indianos, segundo o Departamento Meteorológico Indiano (IMD).
Várias outras regiões do Rajastão registraram temperaturas altíssimas, entre 44,2°C e 45°C. A temperatura nesses locais ficou de 7 a 9 graus Celsius acima do normal, segundo o The Hindu. No estado de Gujarat, a cidade de Mahuva, com 43,4°C, viu um aumento acentuado de 8,3 graus Celsius acima do normal.
Em Maharashtra, Akola registrou 44,1°C, Nandurbar 43,5°C, Jalgaon 43,3°C e Amravati 43°C. Guna e Ratlam em Madhya Pradesh relataram 43,4°C e 43,2 graus Celsius, respectivamente.
O aumento das temperaturas está levando os sistemas de saúde pública indianos ao limite. Hospitais registram picos de casos de insolação, enquanto trabalhadores ao ar livre, que formam a espinha dorsal da economia informal da Índia, trabalham em condições escaldantes, incompatíveis com a sobrevivência humana. Além do impacto na saúde, o calor extremo interrompe os sistemas de alimentação e água do país e estimula a migração, aumentando a pressão urbana e a agitação social.
A mudança de estações, antes um ritmo previsível que guiava a agricultura e a vida cotidiana na Índia, agora é marcada por extremos erráticos e punitivos. Em um país onde mais de 1 bilhão de pessoas dependem de uma infraestrutura já sobrecarregada, as ondas de calor são menos uma ameaça futura do que uma crise presente, destaca o EHN.
Times of India e MINT também noticiaram o calor extremo na Índia.