
O ano de 2024 foi marcado por uma disparada nos incêndios florestais no país, principalmente no Pantanal e na Amazônia. Já 2025 começa com um certo alívio nas chamas, de acordo com dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas.
A ferramenta mostra que no 1º trimestre deste ano foram queimados cerca de 913 mil hectares no país, equivalente a seis vezes a área do município de São Paulo. Apesar de significativo, o número é 70% menor que o registrado em igual período de 2024, quando o MapBiomas detectou que 3 milhões de hectares devastados pelo fogo, informaram TV Cultura, Exame, Poder 360, Pará Terra Boa e Gigante 163. De toda a área queimada, 78% eram de vegetação nativa.
A Amazônia concentrou 84% das ocorrências de incêndios florestais, com 774 mil hectares queimados de janeiro a março, 72% menos que em igual período de 2024, destacou o g1. Roraima liderou o ranking por estados no bioma, com 416 mil ha queimados, seguido por Pará (209 mil ha) e Maranhão (124 mil ha). Juntos, os três estados concentraram 82% de toda a área queimada no país, detalhou a VEJA.
Por município, os líderes do fogo foram Pacaraima e Normandia, ambos em Roraima, com 122 mil e 119 mil ha queimados, respectivamente. Diferente do resto do país, o estado tem seu período seco no início do ano, contextualizou Felipe Martenexen, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do MapBiomas Fogo, o que explica a liderança no ranking das chamas.
Se a Amazônia queimou menos, o Cerrado teve aumento na área atingida por incêndios. Foram 92 mil ha queimados, crescimento de 12% sobre o número de janeiro a março do ano passado. Assim, o bioma continua sendo uma “pedra no sapato” da gestão Lula, pois não teve a mesma redução de desmatamento vista na Amazônia, após a (des)presidência de Jair Bolsonaro, lembrou O Globo.
O Pantanal, atingido severamente por incêndios em boa parte de 2024, registrou a maior queda percentual nas chamas entre os biomas brasileiros. Foram 11 mil hectares queimados de janeiro a março deste ano, uma redução de 86% sobre a devastação registrada em igual período de 2024.
A Mata Atlântica também registrou grande redução percentual (83%) e terminou o 1º trimestre com 19 mil ha queimados. Com queda de 8%, a Caatinga registrou 10 mil hectares atingidos pelo fogo no mesmo período, enquanto o Pampa teve 6,6 mil ha incendiados, registrando o maior crescimento percentual, de quase 1.500%.