Brasil sobe uma posição e é o 5º do mundo em eólicas onshore

Capacidade eólica instalada no mundo bateu recorde em 2024, mas ritmo de instalação ainda está aquém da meta de triplicar renováveis até 2030.
24 de abril de 2025
brasil eólicas onshore
Rawpixel

Mesmo com o freio na expansão dos parques eólicos, o Brasil superou a Espanha e assumiu a 5ª posição no ranking global da energia dos ventos em 2024, mostra o relatório Global Wind Report 2025, do Global Wind Energy Council (GWEC). Globalmente a fonte bateu recorde de implantação em 2024, mas em potência inferior à necessária para cumprir o compromisso assumido na COP28, o de triplicar a capacidade renovável no planeta até 2030.

O relatório identificou a instalação de 117 gigawatts (GW) em novos projetos eólicos em 2024, ligeiramente superior aos 116,6 GW implantados no ano anterior, informou o Canal Energia. Do total, 109 GW foram de usinas onshore (em terra), e 8 GW offshore (marítimos), detalhou a Folha. Com isso, a capacidade mundial instalada atingiu 1.136 GW, com 55 países implantando turbinas movidas a vento.

A potência recorde deve ser comemorada num mundo que precisa acelerar a transição energética. Entretanto, relata o GWEC, a instalação deveria ser de 320 GW para cumprir a meta de triplicar as renováveis em cinco anos. E a instabilidade política causada por Donald Trump e seu negacionismo climático ameaça a expansão eólica, destacou a MegaWhat, bem como de outras fontes renováveis, já que o “senhor laranja” é entusiasta dos combustíveis fósseis.

“Embora a energia eólica continue a impulsionar investimentos e empregos, melhorar a segurança energética e reduzir os custos para o consumidor, estamos presenciando um ambiente político mais volátil em algumas partes do mundo, incluindo ataques ideologicamente motivados à energia eólica e às energias renováveis ​​e a paralisação de projetos em construção, ameaçando a segurança dos investimentos”, frisou Ben Backwell, CEO da GWEC.

Além disso, a instituição pontua que os números da expansão mascaram grandes disparidades em termos de ritmo de implantação nos mercados globais. A maior parte das instalações ocorre em um pequeno número de mercados maduros importantes, incluindo a China, líder global disparada na fonte, além da Europa.

Em 2024, a China liderou o caminho para novas instalações, com 79 GW eólicos instalados. O país ficou muito à frente dos Estados Unidos, instalando pouco mais de 4 GW, seguido de Alemanha e Índia, respectivamente, com o Brasil completando o top 5. Esses mesmos cinco mercados lideravam globalmente em instalações totais no final de 2024, com o Brasil ultrapassando a Espanha, relataram IstoÉ Dinheiro e agência eixos.

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