
A seca se intensificou em abril de 2025 nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, segundo dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O Nordeste apresentou a situação mais grave, com 29% de seu território em seca severa. Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul vivenciaram a secura na totalidade de seus territórios.
As regiões Centro-Oeste e Norte tiveram redução na área de seca, contrastando com o Nordeste, onde o fenômeno se expandiu. Como destacou a Agência Sertão, a região apresentou a situação mais severa, com seca grave em 29% de seu território. No Piauí, segundo o g1, cinco municípios encontram-se em estado de seca grave, enquanto no Sergipe.
No Sul, a situação permaneceu estável, mas crítica, com 90% do território ainda sob seca. Como noticiado por g1 e Revista Cultivar, o governo do Paraná decretou situação de emergência em todo o estado devido à estiagem prolongada que se arrasta desde dezembro de 2024. A medida, publicada na 5a feira (22/5), tem caráter preventivo e busca ampliar a capacidade de resposta do poder público frente à escassez hídrica, que já compromete o abastecimento urbano e a produção agropecuária.
O Pará foi o único estado completamente livre do problema, enquanto Rondônia e Roraima conseguiram se livrar da seca após o retorno das precipitações. Mas isso não significa que os estados amazônicos estejam livres da estiagem. O Amazonas figura como o estado com maior área afetada pela seca.
De modo mais amplo, como destacou o Jornal GGN, porém, a falta de chuvas teve abrandamento, ainda que momentâneo no acumulado de março e abril, com aproximadamente menos 1,7 milhões de km² afetados. O fenômeno atingiu 4,67 milhões de km² em todo o país, equivalente a mais da metade do território nacional.
Agência Brasil, Tribuna do Sertão e GP1, entre outros, repercutiram os dados sobre a seca no Brasil.
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Em tempo 1: A seca não está apenas nos números, mas afeta profundamente a economia e a vida das pessoas por ela atingidas. A segunda estimativa da CONAB para a safra de café em 2025 prevê queda de mais de 6% na produção nacional em relação ao ano anterior. Em Minas Gerais - maior produtor de café arábica do país - a previsão é de que colheita de 25,5 milhões de sacas, volume ainda inferior ao da safra passada, devido principalmente à bienalidade negativa (ciclo natural de redução após alta produção) e aos efeitos da seca prolongada entre abril e setembro de 2024, que comprometeu o desenvolvimento dos cafezais, especialmente no sul do estado. As informações são do g1.
Em tempo 2: As águas trazem alívio pelo menos ao Pantanal, que vive um cenário de recuperação após severa seca e incêndios de 2024, com o rio Paraguai registrando 1,4 metro a mais que no mesmo período do ano passado e trazendo de volta as características típicas da planície alagada - até as as vitórias-régias, símbolo de equilíbrio ecológico na região, voltaram a ser vistas, noticiou a Mídia Mix. Especialistas do Instituto do Homem Pantaneiro (IHP) apontam para uma possível cheia em 2025, mas há indicativos de que esta recuperação deva ocorrer de forma desigual em diferentes regiões do bioma.