Mais de 17.000 pessoas na província de Manitoba, no centro-sul do Canadá, foram evacuadas na 4ª feira (28/5), com a região vivendo seu pior início de temporada de incêndios florestais em anos. O governo local declarou estado de emergência devido à situação das chamas, que estavam fora de controle.
“Esta é a maior evacuação que Manitoba já viu na memória da maioria das pessoas”, disse o premiê da província, Wab Kinew. Ele contou que pediu ao primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que enviasse militares para ajudar nas evacuações e no combate ao fogo, relatou o Guardian.
A cidade de Flin Flon e as Primeiras Nações de Pimicikamak e Mathias Colomb, do Povo Indígena Cree, emitiram ordens de evacuação obrigatória para os moradores, de acordo com autoridades. Segundo o New York Times, o premiê de Manitoba recomendou que moradores de regiões atingidas se dirigissem para áreas urbanas como Winnipeg, onde há moradia temporária e assistência de emergência.
O fogo também avança na província de Saskatchewan. A Banda Indígena Lac La Ronge, a Nação Cree Peter Ballantyne e a Nação Cree do Lago Montreal declararam estado de emergência conjunta. Diante da gravidade da situação, líderes das Primeiras Nações Indígenas declararam “profundas preocupações” com a escassez crítica de recursos de combate a incêndios, pessoal e apoio aéreo, informou a CBC.
A crise climática tornou os incêndios florestais no Canadá mais frequentes e intensos. O país tem sido atingido por incêndios devastadores nos últimos anos, incluindo o de 2023, o mais destrutivo já registrado.
Atualmente, há 134 incêndios ativos em todo o território canadense , incluindo na Colúmbia Britânica, Alberta, Saskatchewan, Manitoba e Ontário. Metade deles é considerada fora de controle.
Reuters, Washington Post e Deutsche Welle também noticiaram os incêndios no Canadá.
Em tempo: Uma parte enorme de uma geleira nos Alpes se desprendeu, causando um dilúvio de gelo, lama e rochas que soterrou a maior parte da vila suíça de Blatten, evacuada no início deste mês devido ao risco de deslizamento de rochas. Vídeos reproduzidos por Guardian e NBC mostram 3 milhões de m3 de rocha e lama soterrando Blatten e o rio Lonza, após o colapso parcial da Geleira Birch, destacou a Bloomberg. O possível bloqueio do rio pode gerar inundações em outras áreas, de acordo com o governo cantonal de Valais. Apesar da evacuação prévia da população, um morador de 64 anos continuava desaparecido após o deslizamento, segundo a AFP.
Deutsche Welle, Euronews, Reuters, NY Times e BBC também noticiaram o soterramento da vila de Blatten.
