Fundo Amazônia bate recorde de aprovação de recursos no 1º semestre

Valor aportado é mais que o dobro dos R$ 584 milhões de 2023, quando o fundo foi retomado após paralisação sob Bolsonaro.
17 de junho de 2025
fundo amazônia
Agência Brasil

O Fundo Amazônia aprovou R$ 1,189 bilhão em recursos no primeiro semestre de 2025, registrando o melhor desempenho semestral desde sua criação em 2009. Gerido pelo BNDES sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o valor supera os R$ 947 milhões aprovados em 2024 e mais que dobra os R$ 584 milhões de 2023, quando o fundo foi retomado após quatro anos de paralisação.

O balanço foi apresentado em Brasília antes da 33ª reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) nesta 2a feira (16/6), com a presença de representantes de nove ministérios, estados da Amazônia Legal, sociedade civil e doadores internacionais. Entre os projetos estratégicos aprovados destacam-se o Restaura Amazônia (R$ 450 milhões) para recuperação de áreas degradadas; o Amazônia na Escola (R$ 332 milhões) que conecta agricultura familiar a instituições de ensino público; e o Sanear Amazônia (R$ 150 milhões) para acesso à água potável.

O projeto FORTFISC, com R$ 825 milhões destinados ao IBAMA, visa fortalecer a fiscalização ambiental com modernização de equipamentos e sistemas de monitoramento. Outros R$ 318 milhões foram aprovados para capacitação das Polícias Federal, Rodoviária e estaduais no combate ao desmatamento, enquanto R$ 371 milhões irão para os Corpos de Bombeiros da região.

A ministra Marina Silva destacou que os resultados refletem a política ambiental do governo federal, que combina fiscalização, pesquisa científica e incentivos econômicos para promover o uso sustentável da floresta. Desde 2009, o fundo já aprovou R$ 5,6 bilhões em projetos, com R$ 2,7 bilhões efetivamente desembolsados até junho de 2025.

Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o fundo alcançou um novo patamar de atuação, com projetos de grande escala e capilaridade territorial. No primeiro semestre de 2025, os desembolsos somaram R$ 158 milhões – três vezes mais que em todo o ano de 2023.

Entre as novidades está a expansão para Terras Indígenas fora da Amazônia, como na Mata Atlântica, e o primeiro projeto no Acre pelo programa Amazônia na Escola, que promove a produção sustentável de alimentos para merendas escolares. O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, ressaltou o foco no combate a incêndios florestais e na inclusão social de comunidades tradicionais.

Brasil 247, Exame, Folha, ((o)) eco, O Globo, Pará Terra Boa e UOL, entre outros, repercutiram os investimentos robustos no Fundo Amazônia.

  • Em tempo: O Brasil foi selecionado para receber US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão) dos Fundos de Investimento Climático (CIF) para financiar seu Programa de Descarbonização da Indústria, após vencer uma disputa entre 26 países. Elaborado pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Fazenda e de Minas e Energia, o projeto obteve a maior pontuação ao propor estratégias para reduzir emissões em setores como cimento, aço, alumínio, químicos e fertilizantes, além de impulsionar tecnologias de baixo carbono, economia circular e empregos verdes.

    Integrante da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial – um dos pilares do Programa Nova Indústria Brasil (NIB) –, o plano terá seus detalhes operacionais, incluindo projetos prioritários e captação de capital privado, submetidos ao comitê do CIF nos próximos meses. A iniciativa, que apoia soluções climáticas inovadoras em países em desenvolvimento, visa acelerar a transição para energias limpas e a redução de emissões globais.

    Agência Brasil, Brasil Energia, Estadão, Financial Times, Forbes e IstoÉ  noticiaram a seleção do projeto brasileiro.

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