Brasil em Chamas
O Brasil pega fogo. A mudança climática, aliada ao desmatamento e às queimadas, estão pressionando cada vez mais os biomas brasileiros. Com seca e calor intenso aliados a novas táticas de desmatamento, os próximos meses são incertos, principalmente na Amazônia e Pantanal, áreas úmidas que ainda não se recuperaram de eventos extremos, como a seca de 2023 e o fogo de 2020, respectivamente.
A temporada de seca deste ano se antecipou em dois meses no Pantanal, que tem tido historicamente períodos de maior incidência de fogo nos meses de setembro e outubro; na Amazônia, o fogo bate recorde no sul do estado do Amazonas, enquanto algumas bacias hidrográficas da região, como a do Javari e do Madeira, apresentam sinais fortes de estresse hídrico. Já no Cerrado, bioma “acostumado” com o fogo, a redução do desmatamento é menor do que a observada na Amazônia por conta da menor proteção legal do bioma.
A desestruturação dos órgãos ambientais durante o governo anterior e a paralisação parcial de mais de seis meses de funcionários do Ibama se somam neste panorama de insegurança para os biomas. Além disso, sinais de leniência na aplicação e cobrança de multas levantam a ausência do poder estadual para contenção de danos ambientais.
O cenário atual preocupa analistas, que contam com a ajuda da chuva para frear cenários drásticos como já visto nos últimos anos.
Tendo em vista a importância sistêmica destes três biomas para assegurar não só a qualidade de vida de todos, mas também o compromisso brasileiro com o Acordo de Paris, e o contínuo aumento dos recordes de número de queimadas, o Climainfo decidiu criar o Brasil em Chamas, com destaque para os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Confira a situação dos principais biomas em chamas: