É importante fazermos nossa parte, como consumidores, evitando o desperdício e optando por marcas e empresas empenhadas em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Mas precisamos ter em mente que reverter o atual cenário está, de fato, nas mãos de poucos indivíduos: políticos, empresários, acionistas, produtores agropecuários, profissionais do setor financeiro e as respectivas associações de classe desses setores. São eles que podem implementar planos e políticas públicas para redução das emissões, para o fim do desmatamento e para a tão necessária transição energética. Então nossa ação precisa também tê-los em conta.
No caso dos políticos, o voto é o melhor caminho. Mas entre uma eleição e outra, você pode participar de campanhas em redes sociais e abaixo-assinados, que surgem sempre que o Congresso pauta algum projeto danoso ao clima e ao meio ambiente. Você pode se informar seguindo organizações ambientalistas nas redes sociais e/ou assinando seus respectivos boletins. O ClimaInfo, por exemplo, tem um boletim diário, de segunda a sexta, com o resumo das notícias referentes à crise climática.
O mesmo vale para empresas: pressioná-las por ocasião de suas assembleias de acionistas ou quando fazem grandes campanhas e lançamentos, cobrando por mais ação climática, é uma forma de pressioná-los. Somos pequenos, mas somos muitos e, em última instância, somos nós que damos dinheiro a elas, ao consumir seus produtos. Mais que um direito: é nosso dever cobrar que elas ajam em favor da segurança climática.