Brasil em chamas

Brasil em chamas

Última atualização
17 de dezembro de 2024

O Brasil pega fogo. As mudanças climáticas, agravadas pelo desmatamento e pelas queimadas, estão pressionando cada vez mais os biomas brasileiros. Com seca e calor intenso aliados a novas táticas de desmate, áreas úmidas como Amazônia e Pantanal, que ainda não se recuperaram de eventos extremos – como a seca em 2023 e o fogo em 2020, respectivamente – têm seu equilíbrio ecológico posto em risco. 

Em 2024, a temporada de seca se antecipou em dois meses no Pantanal, marcando a maior estiagem no bioma nos últimos 40 anos e criando um ambiente propício para recordes de incêndios – historicamente, os períodos de maior incidência de fogo ocorrem nos meses de setembro e outubro; na Amazônia, o recorde de chamas se deu no sul do estado do Amazonas, enquanto algumas bacias hidrográficas da região, como a do Javari e do Madeira, apresentaram sinais fortes de estresse hídrico. Já no Cerrado, bioma “acostumado” com o fogo, foi o desmatamento que seguiu em alta, por conta da menor proteção legal do bioma, em comparação com a Amazônia. 

A desestruturação dos órgãos ambientais durante o governo anterior e a paralisação parcial de mais de seis meses de funcionários do IBAMA se somam neste panorama de insegurança para os biomas. Além disso, sinais de leniência na aplicação e cobrança de multas levantam a ausência do poder estadual para conter os danos ambientais. 

Tendo em vista a importância sistêmica destes três biomas para assegurar não só a qualidade de vida de todos, mas também o compromisso brasileiro com o Acordo de Paris, e com o contínuo aumento do número de queimadas, o Climainfo decidiu criar o Brasil em Chamas, com destaque para os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal

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