Secas extremas

Secas extremas

O ciclo da água está diretamente ligado ao clima. Logo, as mudanças climáticas mudam também o regime de chuvas, o que pode provocar o aumento de eventos extremos, como inundações e longos períodos de seca.

O Brasil já sofre com o aumento de áreas de estiagem, com a ciência registrando pela primeira vez, em 2023, áreas desertificadas. Uma análise feita por cientistas do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do INPE mostrou que a intensificação da mudança climática associada à perda de vegetação natural está tornando áreas do Semiárido ainda mais secas, com a disponibilidade de água em condições similares às encontradas em regiões desérticas.

Outra análise do Cemaden, esta abrangendo todo o território nacional e tomando como base em dados históricos e da situação atual, destacou que muitos municípios enfrentaram condições de seca por 12 meses consecutivos entre 2023 e 2024. “Além de sua intensidade, esta seca já se configura como uma das mais longas das últimas décadas”, apontou o documento. 

As regiões Norte e Nordeste são as mais vulneráveis, com a região amazônica ainda mais ameaçada. “Por causa da elevação das temperaturas e da diminuição de chuvas na região, a Amazônia pode sofrer secas que causarão uma frenagem no processo de regeneração florestal, perda de biodiversidade e, possivelmente, extinção de espécies”, informou a Unicef, com dados da WWF.

Cada vez mais frequentes, as secas podem reduzir as colheitas e afetar a produção de alimentos, impactando diretamente setores econômicos e a saúde da população – principalmente a dos mais vulneráveis. As estiagens cada vez mais longas também afetam o nível de rios e aumentam o risco de incêndios florestais.

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