INPE confirma queda de 21,8% no desmatamento da Amazônia entre 2022 e 2023

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MMA/gov.br

Dados consolidados do PRODES indicaram uma taxa de desmatamento de 9.064 km2 entre agosto de 2022 e julho de 2023, uma queda de quase 22%. 

O INPE e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) apresentaram na última 4ª feira (8/5) os dados consolidados do sistema PRODES para o desmatamento na Amazônia Legal no último período anual de monitoramento. De acordo com o PRODES, a taxa de desmatamento entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi de 9.064 km2, o que representa uma queda de 21,8% em relação ao ciclo anual anterior (11.594 km2).

Os dados consolidados mostram uma diferença pequena (+0,7%) em relação ao número preliminar divulgado pelo INPE em novembro passado (9.001 km2), uma variação abaixo da média histórica de 4%. A taxa de desmatamento ficou abaixo dos 10 mil km2 pela primeira vez desde 2019.

Nos 70 municípios considerados prioritários no combate ao desmatamento, que concentraram 75% do desmatamento em 2022, a queda observada pelo PRODES é ainda maior. De acordo com o INPE, a taxa de desmate caiu 42% nesses municípios, o dobro da queda em toda a Amazônia Legal.

Os números do PRODES confirmam a queda substancial do desmatamento no último ano, reflexo da retomada da fiscalização ambiental por parte do governo federal no começo da gestão Lula.

“É a combinação de instrumentos, ações de fiscalização, mas também as ações voltadas para outros eixos de combate ao desmatamento, como instrumentos econômicos e creditícios, para que a gente possa fazer uma abordagem positiva”, destacou a ministra Marina Silva.

O governo federal também ressaltou a trajetória de queda registrada pelo sistema DETER, também operado pelo INPE, nos últimos meses. De agosto de 2023 a abril de 2024, foi registrado o desmate de 2.686 km2 na Amazônia Legal, uma queda de 55% em relação ao mesmo período anterior. Trata-se da menor taxa para o intervalo desde o início da série histórica do DETER-B, em 2015.

Já no Pantanal, o PRODES registrou o desmatamento de 723 km2 entre agosto de 2022 e julho de 2023, o que representa uma queda de 9,2% em relação ao ciclo anual anterior. Mais da metade (52,8%) do desmatamento pantaneiro está concentrado no município de Corumbá (MS). Outros 15 municípios do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul também experimentaram perda de vegetação nativa do bioma.

O INPE também divulgou pela 1ª vez a taxa consolidada de desmatamento de áreas não florestais na Amazônia. A área de vegetação não florestal representa 6,6% do bioma amazônico, quase duas vezes a área de todo o Pantanal e maior que o estado de São Paulo. No último período anual analisado pelo PRODES, a supressão vegetal nativa não florestal foi de 584,9 km2, uma queda de 19,5% em relação ao ciclo anterior.

Agência Brasil, CNN Brasil, Estadão, Folha, g1, UOL, Valor e VEJA repercutiram os dados consolidados do PRODES.

 

 

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ClimaInfo, 10 de maio de 2024.

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