Identificação de mortos por incêndios florestais no Havaí pode levar anos

16 de agosto de 2023
incêncios Havai mortos
Reprodução vídeo France24News

Em meio à destruição causada pelo fogo, bombeiros e familiares procuram por desaparecidos no Havaí. Mas a busca pode durar mais tempo do que imaginado. 

O número de mortos em decorrência do pior incêndio florestal em mais de um século nos EUA subiu para 106 nesta 4ª feira (16/8). Os bombeiros seguem vasculhando o que sobrou da cidade de Lahaina, na ilha de Mauí, no Havaí, em busca de qualquer sinal das cerca de 1.300 pessoas que seguem desaparecidas.

O trabalho de buscas, no entanto, deve ser mais longo do que o esperado. Da mais de uma centena de corpos encontrados, apenas três tinham sido identificados. A expectativa das autoridades havaianas é de que o número de mortos suba ainda mais, à medida que as equipes avançam nos resquícios acinzentados de Lahaina.

Especialistas ouvidos pela BBC afirmaram que o trabalho de identificação das vítimas pode levar meses ou até anos, dada a gravidade do episódio e as condições em que muitos dos restos mortais provavelmente serão encontrados. O governo do Havaí já pediu aos familiares de vítimas e desaparecidos que enviem amostras de DNA para facilitar a identificação. No entanto, existe o risco de que alguns corpos não possam ser identificados.

Enquanto os bombeiros buscam por sinais das vítimas, mais de 10 mil pessoas estão desalojadas em Lahaina. De acordo com a Sky News, os sobreviventes foram forçados a procurar abrigo em quartos de hotel reservados para residentes deslocados. Mesmo com a ajuda do governo norte-americano e de organizações sociais, os estoques de água potável estão escassos. Isso porque a recomendação de especialistas é de que as pessoas não consumam água das áreas afetadas pelo fogo pelo risco de contaminação.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que pretende ir ao Havaí “assim que possível” para verificar a situação. Biden vem sendo criticado por não ter se dirigido ao estado; a justificativa da Casa Branca é de que o presidente não quer atrapalhar as operações emergenciais no terreno.

A cobertura sobre os incêndios históricos no Havaí segue intensa na imprensa internacional, com destaques em AFP, Al-Jazeera, Associated Press, BBC, CBS News, Financial Times, Independent, NY Times e Washington Post.

 

ClimaInfo, 17 de agosto de 2023.

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