Volumes são creditados ao crescimento da produção nos campos de Búzios e Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, e Marlim e Voador, em Campos.
A Petrobras bateu recordes de produção de petróleo e gás fóssil nos campos em que é operadora em setembro e no 3º trimestre. As emissões de gases de efeito estufa que serão geradas a partir dos novos volumes de combustíveis fósseis produzidos não foram divulgadas.
No mês passado, a estatal produziu diariamente 4,1 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) – que soma as produções de petróleo e de gás. O volume é 6,8% superior ao de agosto e inclui a parcela dos sócios da Petrobras.
No pré-sal, o volume produzido em setembro também foi recorde. A área respondeu por 3,43 milhões de BOE diários do total produzido – quase 85% de toda a extração de combustíveis fósseis feita no país.
Considerando os resultados do 3º trimestre passado, a produção média nos campos operados pela petroleira foi de 3,98 milhões de BOE por dia. O número é 7,8% maior do que o do trimestre anterior, informa o Valor.
A Petrobras informa que o resultado se deve principalmente ao crescimento da produção das plataformas Almirante Barroso, no campo de Búzios, e P-71, no campo de Itapu, ambos no pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, segundo a Agência Brasil, as plataformas Anna Nery e Anita Garibaldi, em Marlim e Voador, na Bacia de Campos, também aumentaram sua produção. E também houve menos paradas de unidades para manutenção no período.
Desde dezembro do ano passado, quatro novas plataformas da Petrobras entraram em operação no pré-sal, e mais uma está prevista para começar a produzir até o final do ano. Com o FPSO Sepetiba, no campo de Mero, na Bacia de Santos, a empresa vai ampliar sua capacidade de produção em 630 mil barris por dia.
O Globo, Seu Dinheiro, Brasil 247 e Money Times também noticiaram os recordes de produção da Petrobras e parceiros.
Em tempo: Em entrevista ao Roda Vida, da TV Cultura, o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz voltou a criticar os planos da Petrobras e de parte do governo brasileiros de explorar combustíveis fósseis na foz do Amazonas. Durante a entrevista, o economista norte-americano afirmou que uma eventual exploração de petróleo na região é uma “tolice”. “Tenho quase certeza de que essa é uma decisão econômica ruim. Desenvolver um polo petrolífero leva muito tempo, em geral, até ele se pagar, demora 20, 30, 40 anos. Estamos em 2023, Europa e EUA dizem que serão carbono zero até 2050, o resto do mundo diz 2060. Isso é daqui a 27 anos. Vocês não terão a capacidade de colher totalmente os frutos disso.”
ClimaInfo, 18 de outubro de 2023.
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