André Borges analisou em matéria do Estadão os últimos números produzidos pelo DETER/INPE – o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real – para as unidades de conservação da Amazônia. De agosto do ano passado até abril, o desmatamento acumulado foi de pouco mais de 8 mil hectares. Destes, 7 mil hectares foram desmatados nos primeiros 15 dias de maio somente.
Quase metade do desmatamento das unidades de conservação ocorreu numa das áreas de maior conflito, a do Jamanxim, palco de quadrilhas de grileiros que têm apoio de políticos locais e federais.
André Borges sugere uma correlação entre o salto no desmatamento em áreas protegidas e a falta de fiscalização: entre janeiro e o meio de maio do ano passado, o Ibama e o ICMBio tinham aplicado quase 2.000 multas. Este ano, no mesmo período, foram pouco mais de 1.100, uma queda de 45%.
Para o ex-ministro José Sarney Filho, “não há surpresa nessas informações. Há tristeza. Quando um governo resolve desmoralizar os agentes do Ibama, desmontar o ICMBio e acabar com as unidades de conservação, ele só está dando o sinal verde para o desmatamento.”
ClimaInfo, 23 de maio de 2019.
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