O ministro do meio ambiente quer investimento internacional para o desenvolvimento da Amazônia. À BBC, Salles explicou que a redução do desmatamento passa pela geração de “dinamismo econômico” e renda para quem vive nas áreas de floresta, e que ele pretende oferecer um leque de possibilidades de investimentos para vários países. Ele não explicou quais investimentos internacionais buscam “comprar” a Amazônia e quais servem para “desenvolvê-la”.
Salles está em Osaka, no Japão, onde os ministros do Meio Ambiente das 20 maiores economias do mundo se reunirão no sábado (15) em preparação à reunião de chefes de Estado do grupo, que acontecerá em 2020.
No Valor, Dani Chiaretti e Gabriel Vasconcelos apuraram que Salles preparou uma minuta do decreto para um novo Fundo Amazônia e que deve apresentá-la aos embaixadores das Noruega e Alemanha na próxima semana. A novidade é a criação de um comitê gestor com oito cadeiras e reuniões mensais que teria a responsabilidade de apresentar os novos projetos, monitorar seu andamento e usar indicadores para avaliar projetos concluídos. Pelas regras atuais, os projetos são apresentados pelos proponentes, analisados pelo BNDES e, se aprovados, submetidos a um acompanhamento rigoroso do Banco.
Em tempo: em reação ao corte de recursos para projetos de preservação anunciado pela Alemanha, Bolsonaro mandou Merkel pegar o dinheiro e reflorestar seu país. Disse isso ao comentar a procura de um novo procurador-geral da República que não seja “xiita” em relação à questão ambiental e dizer que o governo enfrenta problemas de licenciamento para obras de infraestrutura.
ClimaInfo, 15 de agosto de 2019.
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