A cobertura de vegetação nativa existente nas Reservas Legais das propriedades privadas presta serviços calculados em R$ 6 trilhões, via proteção da biodiversidade e do clima, polinização, controle de pragas e recursos hídricos para a agricultura, e consumo e abastecimento de hidrelétricas, informa Daniela Chiaretti no Valor.
Os serviços ambientais estimados para um hectare de Floresta Amazônica somam R$ 3.000 ao ano, enquanto a rentabilidade de um hectare usado para pastagem ou plantação de commodities de baixo valor é de menos de R$ 1.000 ao ano.
Estes e muitos outros dados e informações fazem parte do estudo ‘Por que o Brasil precisa de suas Reservas Legais?’ recém publicado na revista científica “Perspectives in Ecology and Conservation“. O estudo foi feito por dez pesquisadores e endossado por 407 cientistas brasileiros de 79 instituições de ensino superior e pesquisa.
O estudo foi publicado com o peso de um manifesto da comunidade acadêmica brasileira contra a mudança da legislação. Entre os signatários estão alguns dos melhores cientistas ligados à área ambiental do país, como o climatologista Carlos Nobre e o físico Paulo Artaxo, da USP, os biólogos Carlos Joly, da Unicamp, e Mauro Galetti, da Unesp. Entre as autoras, estão as biólogas Mercedes Bustamante, da UnB, e Joice Ferreira, da Embrapa, como relata Giovana Girardi no Estadão.
ClimaInfo, 9 de setembro de 2019.
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