Mudanças no estilo de vida não são suficientes para salvar o planeta

13 de setembro de 2019

Escrevendo para a Time, Michael Mann, professor de ciências atmosféricas e diretor do Centro de Ciências do Sistema Terra da Universidade de Penn State, diz que o foco dado por muitos às escolhas individuais sobre viagens aéreas e consumo de carne bovina, por exemplo, pode nos fazer perder de vista o elefante que está passeando na loja de cristais: a dependência que o mundo tem dos combustíveis fósseis para a geração de energia e para o transporte, atividades que respondem por mais de ⅔ das emissões globais de carbono. Precisamos, então, de mudanças sistêmicas que reduzam a pegada de carbono de todos, quer se importem ou não.

Para ele, a boa notícia é que existem táticas para concretizar opções ambientalmente amigáveis (e não perturbadoras do estilo de vida), que passam pela precificação das emissões de carbono e a criação de incentivos para a energia renovável e a redução do consumo: “Ao atribuir um preço ao carbono, as pessoas podem realmente ganhar dinheiro reduzindo as emissões, vendendo os seus serviços a empresas que estão sempre à procura de formas de reduzir custos”.

Mann ressalva ser “necessário que o preço para o carbono seja projetado de tal forma que as comunidades marginalizadas mais expostas ao risco dos impactos climáticos não sejam impactadas negativamente também do ponto de vista econômico”.

 

ClimaInfo, 13 de setembro de 2019.

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