“Nenhum país foi recusado (…) alguns países simplesmente não apareceram”, disse o secretário geral da ONU, António Guterres, sobre a Cúpula de Ação Climática que começa hoje, às 10h da manhã, em Nova York.
O pano de fundo da Cúpula é o derretimento de geleiras, as inundações catastróficas, as fortes ondas de calor e um recorde de 4 milhões de grevistas climáticos nas ruas. Como tudo isso chegará aos salões de mármore da ONU? Que governos e empresas enfrentarão este desafio? Quem estará ausente? Quem terá um plano decente? Saberemos hoje.
Guterres abrirá a Cúpula às 10 horas da manhã com uma declaração de “emergência climática”. Será seguido por Greta Thunberg e dois outros jovens ativistas. Espera-se que o discurso de Greta seja seu mais forte até agora, uma mensagem pessoal dirigida a tocar os líderes mundiais na veia, algo assim: “Como vocês se atrevem a nos decepcionar?”
Analistas esperam que a China reforce o compromisso feito em junho em conjunto com a França e a ONU, que prevê o anúncio de um novo plano climático em 2020.
No sábado, o primeiro ministro indiano, Modi, fechou em Houston um acordo sobre gás natural liquefeito de US$ 2,5 bilhões. É possível que Modi comprometa a Índia com a instalação de 500 GW de energia renovável até 2030, e que exija mais apoio das nações desenvolvidas.
A Dinamarca e a Suécia devem oferecer novos compromissos de financiamento climático ao Fundo Verde para o Clima. Espera-se que a Rússia e a Turquia se comprometam a ratificar/assinar o Acordo de Paris.
O chefe da Comissão Europeia, Donald Tusk, está sob pressão para que se comprometa, na Cúpula, a anunciar até o início do próximo ano um novo plano para 2030.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve ser o penúltimo a falar, antes do fechamento a ser feito por Guterres. A fala de Johnson levanta expectativas, já que o Reino Unido será anfitrião da COP26.
Outros países com falas previstas incluem França, Alemanha, Indonésia, Rússia, Chile e Finlândia. A agenda da Cúpula pode ser obtida aqui.
ClimaInfo, 23 de setembro de 2019.
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