Documentos e áudios inéditos obtidos pelo The Intercept Brasil mostram plano do governo Bolsonaro para povoar a Amazônia contra chineses, ONGs e Igreja Católica.
O mote do plano “Barão de Rio Branco” é “o incentivo a grandes empreendimentos que atraiam população não indígena de outras partes do país para se estabelecer na Amazônia e aumentar a participação da região norte no PIB do país.”
Segundo a jornalista Tatiana Dias, o General Maynard Santa Rosa, Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, “afirmou que o Brasil precisa agir para garantir a soberania na fronteira com o Suriname, país que recebe investimento e imigrantes chineses”.
Quatro organizações indígenas entendem que o projeto “causará impactos destrutivos e irreversíveis para nós, Povos Indígenas, e o nosso modo de vida, baseado no uso sustentável dos recursos naturais, fato que permitiu até aqui a conservação de uma das áreas de maior preservação ambiental do planeta”. Segundo o documento dos indígenas, o projeto “rasgaria pelo meio” Terras Indígenas reconhecidas pelo estado brasileiro — o que o tornaria inconstitucional.
A matéria apresenta muitos outros aspectos do projeto e uma lista extensa de pessoas envolvidas. Merece ser lida e guardada como um mapa para um eventual futuro ainda mais difícil para a Amazônia.
ClimaInfo, 23 de setembro de 2019.
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