O general João Carlos Jesus Corrêa e toda a diretoria do Incra foram exonerados por pressão de ruralistas. O general e os técnicos dizem que os cortes orçamentários e a dissolução do Programa Terra Legal inviabilizam o cumprimento da meta de regularização das terras dos assentados pelas ações de reforma agrária. O secretário especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, tinha declarado que o governo pretendia entregar 600 mil títulos de terra no país em quatro anos do governo Bolsonaro.
Os ruralistas, tradicionalmente contra reformas agrárias, dizem que essa regularização garante ao assentado acesso a crédito e financiamento. O outro lado é que, regularizada, a terra passa a entrar para o mercado, passível de ser comprada por especuladores e grandes e médios proprietários. Também abre a brecha para mais grilagem de terras públicas, na medida em que o processo de regularização de novas áreas está sob comando de Nabhan. A notícia saiu na Folha e, lá fora, na New Trust.
ClimaInfo, 02 de outubro de 2019.
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