Dani Chiaretti, no Valor, diz que a “COP25 terá que fechar, ao menos politicamente, a estrutura básica de artigo do Acordo de Paris sobre mecanismos de mercado para apoiar a implementação dos compromissos de corte de emissões”. Ela se refere ao artigo 6 do Acordo, cujas regras de aplicação estão empacadas desde Paris.
Nas discussões, a posição defendida pelos negociadores brasileiros batem de frente com a dos europeus, dentre outros. Os brasileiros querem que os créditos de carbono gerados pelo antigo regime do Protocolo de Quioto continuem valendo e querem que as transações em futuros mercados de carbono não sejam contabilizadas para o cumprimento das metas nas NDCs. Segundo Chiaretti, os europeus entendem “que havia riscos à integridade ambiental e a possibilidade de dupla contagem de emissões, o que é ruim para o clima.”
É uma das discussões mais tecnicamente difíceis, e que vem se arrastando há quase 4 anos. Patrícia Espinosa, secretária-executiva da Convenção do Clima, diz que “temos que conseguir agora as decisões políticas que permitam definir pelo menos a estrutura básica dos mecanismos do artigo 6. Este é um objetivo (…) Me parece absolutamente indispensável que tenhamos um resultado positivo em relação a este ponto. Que frente à emergência climática será muito difícil explicar [a todos] que não conseguimos chegar a um acordo.”
ClimaInfo, 03 de outubro de 2019.
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