Óleo nos Abrolhos, na Costa dos Corais, no navio e em várias falas

5 de novembro de 2019

Óleo avança e Espírito Santo entra em alerta: Segundo o Ibama, a contaminação por petróleo já chegou a Nova Viçosa, na Bahia, vizinha a Mucuri, município baiano que faz limite com Conceição da Barra, a primeira cidade do Litoral Norte do Espírito Santo.

Defesa dos Abrolhos: Depois de sobrevoar Abrolhos, o ministro da defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse a jornalistas que a força-tarefa de agentes públicos, pescadores e voluntários já evitou a chegada de quase 20 toneladas dos resíduos. Acrescentou que a limpeza do material encontrado no final de semana estava em andamento. Segundo o UOL, Azevedo e Silva afirmou que o governo não sabe quanto de óleo ainda pode chegar à costa brasileira: “Nós não sabemos a quantidade derramada, o que está por vir ainda”. Segundo o Estadão, o general relatou estarem em ação quatro embarcações da Marinha, duas da Petrobrás e “botes e mergulhadores nossos para fazer vistoria nos corais. Isso sem contar o pessoal do ICMBio. E há a participação fundamental das pequenas embarcações, que só elas podem entrar em alguns lugares.” Ontem, segundo o Valor, o ICMBio suspendeu, temporariamente, as visitas de turistas à Unidade de Conservação.

Desastre sem fim: Em breve entrevista relatada pelo UOL, Bolsonaro disse que “o que chegou até agora e o que foi recolhido é uma pequena quantidade do que foi derramado. Então o pior ainda está por vir.”

Óleo na Costa dos Corais, Alagoas: O pessoal do Conexão Planeta diz que “mais uma reserva de preservação ambiental foi afetada pela contaminação do óleo que já impactou milhares de quilômetros da costa nordestina. Desta vez, foi a Costa dos Corais, uma área de proteção ambiental (APA) e a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com mais de 400 mil hectares e cerca de 120 km de praia e mangues.” A matéria traz depoimentos e fotos tristes.

O que se sabe até agora sobre o Bouboulina: O navio chegou à Venezuela no dia 15 de julho e carregou o equivalente a 1 milhão de barris (140.000 toneladas). Segundo o New York Times, o navio zarpou três dias depois, passou pela costa brasileira em direção à África do Sul e à costa de Malaca, na Malásia. O site Infodio diz que o navio ficou com o transponder desligado até 8 de outubro, quando atracou em Durban, África do Sul. De lá, o navio foi para a Nigéria, onde estava até ontem, pelo menos. Também diz que a dona da carga é a russa Rosneft e se destinava para Shandong, China. Segundo Andrea Torrente, do Valor, a Polícia Federal pediu informações oficiais aos governos das Nigéria, África do Sul, Venezuela, Singapura e Grécia.

Declarando inocência: A Delta Tankers, dona do navio, voltou a dizer que é inocente, que o navio carregou na Venezuela e descarregou na Malásia, exatamente a mesma quantidade de petróleo. A notícia é d’O Globo.

Infográficos da crise: Luigi Mazza, Amanda Rossi e Renata Buono, na Piauí, converteram todos os números do desastre do óleo em infográficos. Inclusive o número de barcos do Greenpeace necessários para despejar o óleo que foi coletado nas praias até ontem. Vale ver.

Prejuízo bilionário: O presidente do Ibama, Eduardo Bim, disse ontem que o “dano não está quantificado ainda, mas vai ser na casa dos bilhões [de reais]”. A notícia saiu no Valor e na Folha.

 

ClimaInfo, 5 de novembro de 2019.

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