Depois da inauguração dos asfaltamento dos últimos cinquenta e poucos quilômetros da BR-163 perto do porto fluvial em Itaituba, os caminhões demoram um pouco menos para levar até ali a soja do norte do Mato Grosso, gastam um pouco menos de combustível e a concorrência aumentou. Resultado, segundo o Valor, o preço do frete caiu. Boa parte da soja ainda vem para os portos de Santos e Paranaguá, mas o custo da saída Norte está mais competitivo.
Um trabalho do escritório brasileiro da Climate Policy Initiative (CPI) publicado na semana passada, indicava que a construção da Ferrogrão, ferrovia paralela à BR-163, poderia provocar um desmatamento de mais de 2.000 km2 ao facilitar o escoamento pelo Norte, o que faria com que a área de soja crescesse para cima da floresta. Não há nada que impeça isso começar a acontecer desde já, com o novo trecho asfaltado.
ClimaInfo, 18 de março de 2020.
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