As 14 maiores montadoras estão distantes dos compromissos necessários para que o setor possa contribuir para conter o aquecimento do planeta em menos de 2°C. De acordo com um relatório do Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC) publicado na semana passada, estas empresas arriscam-se a sofrer com restrições mais fortes no futuro caso não se antecipem e invistam mais em tecnologia e modelos com menor impacto em termos de emissões.
O relatório analisou os planos de produção dessas companhias para veículos elétricos, híbridos e de combustão interna e comparou com cenários de emissões para o setor automobilístico desenhados pela Agência Internacional de Energia (IEA). A conclusão é que nenhuma delas possui planos que sejam totalmente alinhados com os objetivos do Acordo de Paris. Os investidores envolvidos nesse levantamento também apontaram para a necessidade das montadoras firmarem compromissos de longo prazo para neutralizar as emissões de sua frota de veículos até 2050.
Enquanto isso, a Tesla, que já vale mais que a Ford e a GM somadas, caminha para se tornar a montadora automobilística mais valiosa do planeta. De acordo com o Wall Street Journal, nos últimos três meses a companhia valorizou cerca de US$ 70 bilhões, sendo que US$ 40 bilhões apenas em maio. As ações da Tesla atingiram na semana passada o valor unitário de mais de US$ 1 mil pela 1ª vez em sua história, o que a aproximou em termos de valor no mercado financeiro à atual líder do setor, a Toyota. O salto nas ações da montadora de veículos elétricos aconteceu após seu fundador e CEO, o bilionário Elon Musk, revelar em um memorando interno que a companhia deve avançar nos próximos meses na produção de semicaminhões de reboque, o que a coloca dentro de um novo segmento dentro da indústria automobilística.
Em tempo: A Nikola, uma startup voltada ao desenvolvimento e produção de caminhões elétricos, que conta com somente 250 funcionários e ainda não entregou sequer um veículo, alcançou na NASDAQ um valor de mercado superior ao da FCA (Fiat-Chrysler).
ClimaInfo, 15 de junho de 2020.
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