Agricultura intensiva ameaça metas climáticas do Acordo de Paris

8 de outubro de 2020

A expansão exponencial da agricultura e pecuária moderna, com uso massivo de fertilizantes, está prejudicando as chances do planeta de conseguir conter o aquecimento global. De acordo com um novo estudo publicado nesta semana pela Nature, o principal vilão dessa história é o óxido nitroso (N2O), gás liberado por fertilizantes e esterco animal, com poder de aquecimento quase 300 vezes superior ao do dióxido de carbono. Os níveis de concentração dessa substância na atmosfera já são 20% mais altos do que nos tempos pré-industriais, e suas emissões anuais crescem a uma taxa de 1,4%. Nesse ritmo, se não houver uma diminuição das emissões desse gás, o limite máximo de aquecimento possível para este século é estimado em 3°C, acima dos 2°C previstos pelo Acordo de Paris.

O estudo elenca Brasil, China e Índia como os países com maior crescimento nas emissões de óxido nitroso, resultado da expansão da agropecuária intensiva nas últimas décadas. No mundo, apenas a Europa registrou queda nas emissões de N2O. Além de seu grande poder de efeito estufa, o óxido nitroso também é, desde o Protocolo de Montreal, a principal causa da destruição da camada de ozônio.

Bloomberg, Carbon Brief, Guardian, Inside Climate News e Reuters destacaram os principais pontos da pesquisa.

 

ClimaInfo, 9 de outubro 2020.

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