Cidades brasileiras ficam atrás em ranking global de mobilidade de pedestres

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Os pedestres não têm vida fácil nas cidades brasileiras. Segundo um levantamento internacional, que analisou cerca de mil áreas metropolitanas ao redor do mundo, as principais capitais do Brasil estão atrás até de outras metrópoles sul-americanas. A análise foi feita pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP, em inglês), que elencou cidades como Londres, Paris, Bogotá e Hong Kong no topo das metrópoles que oferecem boa condição para as pessoas se locomoverem a pé.

A primeira medida observada nesse levantamento foi a proporção de pessoas que vivem a menos de 100 metros de um local restrito para circulação de automóveis, como parques, calçadões e praças. Já a segunda medida analisou a proporção de pessoas que vivem a menos de 1 km de serviços de saúde e educação, e a terceira, o tamanho médio dos quarteirões.

Os autores ressaltaram a importância de se tornar as cidades mais transitáveis para os pedestres, um investimento de infraestrutura que teria ganhos múltiplos – melhora a qualidade de vida, reduz as emissões de carbono e de poluentes e constrói comunidades e economias locais mais fortes. Os resultados do estudo foram destacados por Estadão, Guardian e O Globo.

Em tempo: Nos últimos meses, Berlim criou dezenas de quilômetros de ciclofaixas provisórias em suas ruas como uma medida para facilitar a locomoção das pessoas durante a pandemia. A prefeitura da capital alemã estuda tornar algumas delas permanentes, mas nem todos estão satisfeitos com essa possibilidade. A Bloomberg contou como tem sido a batalha jurídica em torno do futuro das ciclofaixas temporárias e como os moradores de Berlim estão relativamente divididos acerca delas.

 

ClimaInfo, 16 de outubro 2020.

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