Temperaturas no Atlântico são as maiores em quase 3 mil anos

Atlântico Norte temperatura

O Atlântico Norte atingiu sua temperatura mais alta em 2.900 anos, indica um estudo recente publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences. Elaborado por um grupo de cientistas do Canadá e dos EUA, o artigo analisou a variabilidade da temperatura da superfície do mar ao longo das décadas, a partir de dados de termômetro, junto com gelo e núcleos de sedimentos, perfurados de mantos de gelo e do leito do mar. As amostras foram coletadas no lago South Sawtooth, localizado no Ártico canadense, uma área bastante exposta à variação de temperatura no Atlântico. A análise contemplou a variação entre fases quentes e frias, inclusive a chamada “Pequena Era do Gelo”, que durou de 1300 até o começo do século XIX. Desde então, de acordo com os dados, a temperatura da superfície do oceano vem subindo gradualmente, sendo que o ritmo de aquecimento observado nas últimas décadas não encontra precedente em quase três milênios.

Gizmodo, Phys e The Independent destacaram esse estudo.

Em tempo: A variação da temperatura no fundo do mar pode ser muito maior do que os cientistas pensavam até agora. De acordo com estudo recente, que analisou uma década de registros de temperatura por hora em quatro ancoradouros localizados na bacia argentina no Atlântico, a temperatura das profundezas do mar aumentou entre 0,03°C e 0,04°C entre 2009 em 2019, uma variação significativa, já que as flutuações nesse ambiente costumam ser medidas em milésimos de grau Celsius. Para os autores, esse aumento é consistente com as tendências de aquecimento na superfície do mar associadas à mudança do clima, mas que novos estudos serão necessários para se entender o que está causando essa variação térmica no fundo do oceano. O Guardian deu mais informações.

 

ClimaInfo, 16 de outubro 2020.

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