Sem prevenção, Pantanal pode sofrer novas queimadas no futuro

Pantanal prevenção

A chegada das chuvas alivia um pouco a situação no Pantanal, que sofre há meses com o tempo seco e o avanço das queimadas. No entanto, mesmo se o fogo desaparecer, não podemos nos dar ao luxo de permitir que o bioma volte a sofrer uma destruição da mesma magnitude no futuro, apesar da tendência de longo prazo indicar probabilidade maior de temperaturas mais altas e estiagens mais prolongadas. No portal O Eco, Aldem Bourscheit ressaltou a importância de se avançar com ações preventivas, bem como uma estratégia mais efetiva de combate aos incêndios florestais. Além disso, será fundamental que a agenda de adaptação à mudança do clima chegue forte no Pantanal. Em artigo n’O Globo, Demétrio Magnoli e Maurício Copetti reforçaram esse caminho, assinalando a importância de mais ações práticas, com regras ambientais rigorosas, órgãos de fiscalização robustos, articulação entre poder público e sociedade civil, e menos mitos e fábulas – como a do “boi bombeiro” de Tereza Cristina e Ricardo Salles.

Em tempo: A BRPec Agropecuária, ligada ao BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, é a maior empresa autuada pelo Ibama por desmatamento ilegal no Pantanal desde 1995. Segundo o De Olho nos Ruralistas, ela recebeu multa de quase R$ 58 milhões em 2018 na região de Corumbá, na fronteira do Brasil com Paraguai e Bolívia. A área multada pertenceu ao pecuarista José Carlos Bumlai, condenado por corrupção pela Operação Lava Jato, que vendeu a propriedade em 2012 para o banco, que depois a revendeu para a empresa.

 

ClimaInfo, 20 de outubro 2020.

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