Trocar dívidas por ação climática pode ajudar países em desenvolvimento para recuperação verde

5 de novembro de 2020

Para muitos países em desenvolvimento, a recuperação econômica verde não é uma questão de vontade – mas de impossibilidade. Isso é particularmente mais pesado para as nações mais pobres, estranguladas pelo baixo crescimento econômico, o endividamento externo pesado e, este ano, pela pandemia. No Climate Home, Romina Picolotti e Alan Miller propõe um caminho para aliviar o fardo de países pobres: trocar dívidas pela mitigação de emissões de gases de efeito estufa e por proteção ambiental. Isso foi feito na Argentina nos anos 2000, quando Picolotti foi Secretária de Meio Ambiente: à época, o país firmou um acordo com os credores que permitiu que parte da dívida externa argentina fosse recomprada para ser investida em ações de conservação da biodiversidade e florestas, incluindo a criação de um banco nacional de sementes.

Em vez de pagar empréstimos em moeda estrangeira, o acordo com os credores permite ao país devedor converter parte da dívida em moeda local e usá-la para financiar projetos climáticos e ambientais. Os autores dizem que: “Essa troca traz benefícios múltiplos: os credores blindam seus investimentos, enquanto os devedores reduzem sua dívida externa sem pressionar as escassas reservas externas do país”.

 

ClimaInfo, 6 de novembro 2020.

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