EUA: Biden retoma política de Obama para cálculo do custo social das emissões de carbono

28 de fevereiro de 2021

O governo dos EUA anunciou na semana passada a retomada de uma padronização feita durante a gestão de Obama (2009-2017) para calcular o custo da mudança climática em suas decisões de licenciamento, investimento e regulamentação. Assim, as análises econômicas acerca destas decisões considerarão preliminarmente o custo da tonelada de dióxido de carbono equivalente em US$ 50, até que a equipe econômica da Casa Branca conclua uma atualização da estimativa. Na gestão Trump (2017-2021), esse valor foi bastante reduzido, ficando em torno de US$ 10 por tonelada de CO2e.

A retomada da estimativa “permitirá que as agências federais contabilizem de maneira imediata e mais adequada os impactos do clima em suas tomadas de decisão, enquanto continuamos o processo de trazer o que há de melhor e mais atualizado em ciência e economia para a estimativa dos custos sociais do carbono”, escreveu Heather Boushey, membro do Conselho de Consultores Econômicos do governo Biden. Bloomberg, Reuters e Washington Post repercutiram o anúncio.

Em tempo 1: Formalmente fora da União Europeia desde dezembro, o Reino Unido confirmou que o novo sistema de comércio de emissões do país será lançado em maio, com os primeiros leilões substituindo as permissões que restaram do sistema europeu de comércio de carbono. O governo de Boris Johnson enxerga o sucesso desse mercado britânico de emissões como fundamental para que a meta de descarbonização da economia britânica até 2050 saia do papel. O Financial Times deu mais detalhes.

Em tempo 2: A Comissão Europeia apresentou na semana passada a nova estratégia de adaptação às mudanças do clima da União Europeia. O continente vem sofrendo com a instabilidade climática nos últimos anos, com ondas de calor e frio cada vez mais fortes e frequentes, resultando em perdas humanas e materiais consideráveis. Um dos focos da nova estratégia europeia para adaptação é a estruturação de um modelo de seguro para evitar que os prejuízos fiquem totalmente nas costas do poder público e atrair investidores privados e a indústria de seguros para participar da divisão de riscos. Bloomberg e POLITICO repercutiram essa notícia.

 

ClimaInfo, de março de 2021.021.

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