Um dos maiores problemas da transição para uma matriz energética de emissão zero é o transporte de carga em longas distâncias. Eletrificar este modal em distâncias menores que 500 km é questão de tempo e de decisão política. Em distâncias maiores, o peso da bateria, bem maior do que a de um tanque de diesel, seria um obstáculo.
Mas talvez não mais, pelo menos nos EUA. Um grupo comparou o custo total ao longo da vida de um caminhão convencional e outro elétrico com autonomia de 600 km. O resultado é que um elétrico tem um custo total por km rodado 13% menor do que um convencional. A economia ao final da vida, US$ 200 mil, mais do que os US$ 150 mil estimados como investimento. Os resultados ainda são fortemente dependentes das premissas de performance, disponibilidade de infraestrutura e dos preços, mas é um dos primeiros estudos a mostrar que não há barreiras para a penetração do transporte elétrico em toda a matriz energética. O trabalho foi publicado pelo laboratório da Universidade de Berkeley na Califórnia e comentado no seu blog.
ClimaInfo, 22 de março de 2021.
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