Faltando menos de um mês para a COP26, a expectativa de muitos observadores ainda é marcada pela incerteza. Fora as exigências sanitárias e a falta de hospedagem em Glasgow e arredores, representantes da sociedade civil e ambientalistas estão tendo dificuldades com coisas que deveriam ser básicas para uma COP, como montar estandes na chamada green zone, a área oficial da Conferência dedicada para discussões e eventos paralelos.
Segundo o Financial Times, o preço para montagem dessas estruturas chega a quase meio milhão de libras esterlinas (mais de R$ 3,7 milhões), dependendo de tamanho e localização. Para os organizadores do evento, o alto preço se deve à escassez de material de construção (como madeira, iluminação e mobília) e de mão-de-obra. Uma estrutura de médio porte, com cerca de 100 metros quadrados, está orçada em 150 mil libras (R$ 1,1 milhão). Por causa desses valores, o IPCC resolveu reduzir o tamanho de sua estrutura, com consequências na programação de atividades. O site POLITICO também destacou essa situação.
Já o NY Times abordou a operação logística inédita que está sendo montada em Glasgow para abrigar a Conferência. Além de toda a estrutura normal de um evento dessa natureza, em termos de espaço, serviços e segurança, a pandemia impõe novas regras e exigências cotidianas, como a realização de testes diários de COVID. Persistem dúvidas quanto ao protocolo a ser adotado caso aconteça um surto de COVID durante a COP, bem como o contact-tracing dos participantes em caso de diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Falando em protocolo, o Evening Standard informou que os participantes da COP não serão obrigados a utilizar o sistema de “passaporte de vacina” para entrar no espaço de negociação. Em vez disso, as pessoas serão forçadas a realizar testes diários logo na entrada da Conferência. Não se sabe se esse “passaporte” será cobrado em outros espaços não relacionados à COP, como restaurantes e bares.
ClimaInfo, 6 de outubro de 2021.
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