Barril de petróleo pode chegar a US$ 130 no mercado internacional

15 de junho de 2022

Com o governo federal se desdobrando (e puxando chapéu alheio, no caso do ICMS) para reduzir o preço dos combustíveis, o cenário internacional não inspira muita confiança de notícias melhores. Nesta 3ª feira (14/6), o barril tipo Brent fechou cotado em US$ 121,17, enquanto o WTI ficou em US$ 118,93. Como o Estadão assinalou, a expectativa de bancos e corretoras é de que o preço ultrapasse a marca dos US$ 130 nos próximos meses, com a possibilidade de chegar a US$ 150 até o final do ano.

Essa valorização do petróleo, associada com eventuais movimentos do câmbio contrários ao Real, certamente ampliará a pressão sobre os preços dos combustíveis no Brasil; hoje, o diesel e a gasolina acumulam uma defasagem de 16% em relação ao mercado externo. Mas a carestia não está limitada ao Brasil: nos EUA, o preço da gasolina atingiu a marca de US$ 5 o galão (ou US$ 1,32 o litro, R$ 6,65 pela cotação de ontem), o maior valor já cobrado pelo combustível no mercado doméstico. Tal como no Brasil, os combustíveis mais caros estão se refletindo no aumento da inflação e na queda da popularidade do presidente do país – no caso, Joe Biden. Financial Times e NY Times abordaram como os EUA estão buscando reduzir o preço da gasolina e do diesel, o que passa inclusive por uma revisão das promessas climáticas da Casa Branca.

Enquanto isso, a Rússia segue ganhando dinheiro com a venda de petróleo ao mercado internacional, a despeito das sanções ocidentais contra o país por conta da invasão à Ucrânia. Um levantamento divulgado nesta 3a feira mostrou que a indústria fóssil russa ganhou cerca de 93 bilhões de euros com a exportação de petróleo, gás natural e carvão somente nos 100 dias desde o começo da guerra no leste europeu. Parte dessa dinheirama cai direto na conta do Kremlin e serve para abastecer a máquina militar russa em terras ucranianas.

A Europa segue sendo um consumidor importante, mesmo com as sanções, mas a principal diferença está no fato de que outros mercados antes relevantes para Moscou, como Índia e China, viraram grandes consumidores dos combustíveis russos nos últimos três meses. Associated Press, BBC, Bloomberg, NY Times e Reuters repercutiram essa notícia.

 

ClimaInfo, 15 de junho de 2022.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.

Continue lendo

Assine Nossa Newsletter

Fique por dentro dos muitos assuntos relacionados às mudanças climáticas

Em foco

Aprenda mais sobre

Glossário

Este Glossário Climático foi elaborado para “traduzir” os principais jargões, siglas e termos científicos envolvendo a ciência climática e as questões correlacionadas com as mudanças do clima. O PDF está disponível para download aqui,
1 Aulas — 1h Total
Iniciar