Exploração de gás fóssil próxima a Terra Indígena gera impasse no IBAMA

Eneva Campo Azulão
Imagem cortesia para epbr

Mesmo com argumento do Ministério Público Federal de que empreendimento de gás afetaria território indígena no Amazonas, IBAMA se retirou do processo de licenciamento ambiental.

Segue a polêmica em torno de um projeto de exploração de gás no Campo Azulão, localizado nos municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas. Mesmo com o Ministério Público Federal (MPF) reafirmando que o empreendimento afetaria Terras Indígenas no seu entorno, o IBAMA se retirou do processo de licenciamento ambiental.

De acordo com a Folha, o IBAMA usou uma declaração da própria empresa responsável pelo projeto, a Eneva, para justificar sua decisão. O documento afirma, sem evidências, que os projetos não impactam  territórios indígenas. Assim, o processo de licenciamento do empreendimento passou a ser tocado pelo órgão ambiental do governo do Amazonas.

A decisão do IBAMA aconteceu em junho passado. Em agosto, a FUNAI e o Ministério dos Povos Indígenas pediram, em ofícios enviados à Eneva e ao governo amazonense, a suspensão dos processos de licenciamento do Campo Azulão por conta de seus impactos sobre Comunidades Indígenas e Tradicionais.

Por conta dessa divergência, o MPF tentou barrar a realização de audiências públicas pela empresa, alegando que haveria falta de transparência e irregularidade na convocação das reuniões. As audiências ocorreram na semana passada e as autoridades do AM deram um prazo de 30 dias para que os moradores dos municípios no entorno do empreendimento se manifestem sobre o caso. Amazonas Atual e epbr abordaram a notícia.

 

ClimaInfo, 12 de setembro de 2023.

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