A relação entre eventos extremos como tempestade na Líbia e crise climática

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ReinerKnudsen / Pixabay

Com evolução do conhecimento científico, é possível afirmar que muitas ondas de calor, tempestades, inundações, secas e incêndios florestais estão rotineiramente ligadas às alterações climáticas.

Durante décadas, cientistas mostraram que a queima de combustíveis fósseis aumentaria as temperaturas médias do planeta e causaria extremos perigosos. Um novo ramo da ciência, denominado atribuição de eventos extremos, que surgiu nos últimos 15 anos, conecta o aquecimento global a episódios climáticos severos com um nível de especificidade muito maior.

Muitas ondas de calor, tempestades, inundações, secas e incêndios florestais estão agora rotineiramente ligadas às alterações climáticas, explica a Bloomberg. Um desses eventos extremos, que vêm se tornando cada vez mais frequentes e violentos, é a tempestade Daniel, que arrasou Derna e outras cidades da costa mediterrânea da Líbia, no nordeste do país.

As inundações que dizimaram a região no fim de semana já mataram mais de 11 mil pessoas em Derna, disseram autoridades do Crescente Vermelho Líbio, segundo a Forbes. A expectativa, porém, é de que cerca de 20 mil pessoas tenham morrido, já que ainda há milhares de desaparecidos.

Enquanto isso, os esforços de busca continuam. As equipes de resgate pediram mais sacos para cadáveres, segundo o Guardian, e a ajuda internacional começa a chegar lentamente à cidade, mostra o France24. A catástrofe fez os dois governos rivais que dividem o comando do país se uniram para coordenar as ações de recuperação, informa a BBC.

As autoridades locais agora temem que a região seja atacada por epidemias. Isso por causa da quantidade de corpos que ainda estão sob os escombros e a água e que ainda não foram resgatados.

CNN, NBC, AP, BBC, Guardian, New York Times e Al Jazeera acompanharam a tragédia na Líbia.

 

ClimaInfo, 15 de setembro de 2023.

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