Nova pesquisa aponta para risco da sexta extinção em massa na Terra

extinçao em mass espécies
DownToEarth.org.in

“A crise da extinção é tão grave quanto a das mudanças climáticas”, enfatizou Gerardo Ceballos, professor da Unam, do México, um dos autores do estudo.

Grupos de espécies animais estão desaparecendo a uma taxa 35 vezes superior à média histórica, e isso acontece devido à atividade humana, afirma um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS, na sigla em inglês). Para os cientistas, os achados são uma evidência de que uma sexta extinção em massa na história da Terra pode estar em andamento.

Os seres humanos estão provocando a perda de ramos inteiros da “árvore da vida”, destaca a Folha. “A crise da extinção é tão grave quanto a das mudanças climáticas. O que está em jogo é o futuro da humanidade”, enfatizou Gerardo Ceballos, professor da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e coautor da pesquisa.

Os cientistas analisam o ritmo em que espécies animais estreitamente relacionadas foram extintas nos últimos 500 anos. Acabaram descobrindo que tais animais teriam levado 18 mil anos para desaparecer na ausência dos humanos – e esse ritmo já acelerado deve ficar ainda mais intenso no futuro próximo, explica o Um só planeta.

Entre 1500 e 2022, 73 gêneros de vertebrados (excluindo peixes) foram extintos, informa o Down to Earth. As aves sofreram as perdas mais pesadas, com 44 extinções de gêneros, seguidas pelos mamíferos (21 extinções de gêneros), anfíbios (cinco extinções) e répteis (três).

Embora a extinção de espécies como o pombo-passageiro e o golfinho do rio Yangtze seja extremamente preocupante, a perda captada pelo estudo é mais profunda. Cada uma dessas espécies foi a última de seu gênero, marcando a extinção de um galho inteiro da árvore da vida, relata o Earth.com.

“Como cientistas, temos de ter cuidado para não sermos alarmistas”, reconheceu Ceballos. Mas a gravidade das descobertas neste caso, explicou ele, exigia uma linguagem mais poderosa do que o habitual, segundo o phys.org. “Seríamos antiéticos se não explicássemos a magnitude do problema, já que nós e outros cientistas estamos alarmados”, completou.

 

ClimaInfo, 25 de setembro de 2023.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.