Análise mostra que quase todos os corais do norte da Grande Barreira australiana morreram

branqueamento de corais
Wionews agencies

Imagens de altíssima resolução registradas entre março e junho indicam que calor acima da média do último verão levou ao branqueamento de 97% dos corais.

Autoridades australianas estão sendo instadas pela UNESCO a revelar uma estimativa oficial para o que os cientistas estão chamando de pior evento de branqueamento na Grande Barreira de Corais, que é um patrimônio natural da humanidade. Com imagens de muito alta resolução feitas por um drone na região da Ilha Lizard, na parte norte da Grande Barreira, entre os meses de março e junho deste ano, um grupo de cientistas descobriu que quase tudo – 97% – foi branqueado devido ao calor acima da média.

O evento chamou a atenção da imprensa internacional, inclusive The Guardian, Independent, DW e WioNews. O site The Conversation publicou um artigo dos pesquisadores envolvidos na captura das imagens. “Se a Austrália quiser manter o status de patrimônio mundial da Grande Barreira de Corais – na verdade, se quiser preservar o recife – precisamos agir agora para evitar mais mortes de corais”, escrevem Jane Williamson, Karen Joyce e Vincent Raoult.

O australiano ABC discutiu em um podcast os impactos para o turismo e os compromissos do governo do país para evitar que o ecossistema entre na lista vermelha da UNESCO de patrimônios da humanidade sob ameaça.   

O branqueamento ocorre quando os corais expelem algas de seus tecidos para as águas circundantes, geralmente devido ao estresse térmico. Isso deixa o coral branco, faminto e mais suscetível a doenças. Alguns corais morrem imediatamente.

Apesar de provavelmente ser o mais severo, este é o quinto evento de mortandade em massa de corais na Grande Barreira em apenas oito anos.

 

ClimaInfo, 27 de junho de 2024.

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