
Decisão foi contestada por cinco países do bloco, incluindo a Alemanha, onde empresas automobilísticas afirmam que taxação poderia ser um golpe “fatal” para a indústria.
A União Europeia aprovou na 6ª feira (4/10) a imposição de tarifas que podem superar 45% sobre veículos elétricos provenientes da China. É mais um passo na disputa entre o bloco e a nação oriental, o que pode desencadear um conflito comercial mais amplo com Pequim, que já prometeu proteger suas empresas, informa a Bloomberg.
A Comissão Europeia, que aprovou provisoriamente a medida em junho após concluir que os subsídios chineses eram injustos, agora tem liberdade para impor tarifas pesadas por cinco anos a partir do final deste mês. A nova taxação, de até 35,3%, além dos 10% já cobrados, foi apoiada por 10 países, incluindo França, Itália e Polônia, enquanto 12 se abstiveram.
Já Alemanha, Hungria e outras três nações votaram contra a medida. As montadoras alemãs BMW e Volkswagen criticaram a decisão. A BMW chamou-a de um “sinal fatal” para a indústria automotiva europeia, enquanto a VW considerou ser a “abordagem errada”. E a associação da indústria automobilística alemã (VDA) afirmou que o voto do país contra as tarifas foi o “correto” para o setor, informa o Guardian.
A Câmara de Comércio da China na UE pediu o adiamento da implementação das tarifas e que as disputas comerciais fossem resolvidas por meio de consultas e diálogo, mas não adiantou. A Comissão Europeia argumenta que as tarifas são necessárias para proteger os fabricantes de automóveis do continente da concorrência desleal, já que as montadoras chinesas se beneficiam de substanciais subsídios estatais, segundo a DW.
Como resposta, a China classificou a medida como “protecionista” e ameaçou medidas retaliatórias. O país já iniciou investigações sobre importações europeias de conhaque, laticínios e carne suína, sinalizando medidas reativas.
BBC, CNBC, France24, VOA News, Financial Times, Euronews, Bloomberg, New York Times e Reuters também noticiaram a nova taxação europeia sobre VEs chineses.
ClimaInfo, 8 de outubro de 2024.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.