Equador converte dívida de US$ 1,5 bilhão em proteção da Amazônia

Trocas de dívida por Natureza são projetadas para ajudar países a refinanciar suas obrigações em melhores condições e destinar economias a fins ambientais ou sociais.
19 de dezembro de 2024
Equador dívida US$ 1.5 bilhão proteção Amazônia
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O Equador concluiu uma troca de dívida por Natureza de US$ 1,5 bilhão para financiar o Programa Biocorredor Amazônico, desbloqueando US$ 460 milhões para esforços de conservação nos próximos 17 anos. Uma das instituições financeiras envolvidas na negociação foi o Bank of America (BofA), que detinha US$ 1 bilhão em dívidas do país sul-americano.

O acordo foi organizado em conjunto com a organização The Nature Conservancy (TNC). A troca de dívida por Natureza foi apoiada por uma garantia parcial do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e um seguro de risco político da US International Development Finance Corp. (DFC), detalha a Bloomberg.

O seguro da DFC e a garantia de liquidez de US$ 155 milhões do BID ajudaram a reduzir o custo dos empréstimos para o Equador, cujos novos títulos são classificados como “AA” pela Fitch Ratings e “Aa2” pela Moody’s Ratings. Já o país é classificado como “lixo” pela Moody’s, S&P Global Ratings e Fitch Ratings, o que prova a dificuldade dos países em desenvolvimento de obter recursos para financiar a proteção da biodiversidade e a transição energética.

Esta é a segunda vez que o Equador realiza uma conversão milionária de dívida por natureza, relata a Folha. A primeira foi em maio de 2023, quando o país firmou uma operação similar sobre quase US$ 1,63 bilhão para a conservação das Ilhas Galápagos, consideradas Patrimônio Natural da Humanidade.

O Programa Biocorredor Amazônico, para o qual os recursos obtidos agora serão destinados, foi criado em associação com a TNC, o BofA, a DFC e o BID. Esses dois últimos também participaram da conversão da dívida para proteção das Ilhas Galápagos.

As trocas de dívida por Natureza são projetadas para ajudar os países a refinanciar suas obrigações em melhores condições e destinar as economias a fins ambientais ou sociais.

“Estamos nos esforçando para tornar esses acordos os mais líquidos, previsíveis e transparentes possível, para que possamos incentivar mais investidores institucionais a entrar e se comprometer,” disse o diretor-gerente de dívida sustentável da TNC, Slav Gatchev.

ESG News, AP e Prensa Latina também noticiaram a nova troca de dívida por natureza feita pelo Equador.

 

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